quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Protesto pede melhoria na Educação


Alunos representantes de entidades estudantis comandaram pelas ruas de Salvador um protesto onde reivindicaram um aumento de recursos destinados à educação no Estado da Bahia. O protesto saiu do Campo Grande em direção a Piedade com cerca de 300 integrantes, entre eles, estudantes, professores e até o MST (Movimento dos Sem-Terra). O manifesto começou às 9 horas com a convocação dos estudantes no bairro do Barbalho e Nazaré (nos colégios Severino Vieira e Central). Os manifestantes interditaram as ruas, o que causou um congestionamento no local. A mobilização seguiu em direção a Reitoria da UFBA (Universidade Federal da Bahia). A fachada do prédio onde fica o gabinete do Reitor Naomar Almeida, foi tomada por cartazes de protesto e por bandeiras dos movimentos estudantis. No local, o presidente da União dos Estudantes Secundaristas da Bahia (UEBS), explicou sobre as principais reivindicações estudantis.
Os manifestantes não pretendem parar com esse movimento, pois vão continuar lutando para que todos tenham acesso à Universidade. Apenas 11% dos jovens Brasileiros entre 18 e 24 anos conseguem vaga no ensino superior.

Para Naomar, a pauta é composta por 18 ítens, mas que no momento a prioridade é para o repasse de R$200 milhões para assistência estudantil universitária e a retirada imediata dos vetos ao Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAE).



1. Pela erradicação do analfabetismo;
2. Queremos estudar: garantia do acesso da classe trabalhadora a educação publica de qualidade e socialmente referenciada em todos os níveis.Fim do vestibular e dos processos excludentes de seleção para ingresso;
3. Implementação de políticas de ações afirmativas capazes de reverter o processo histórico de exclusão, com gratuidade ativa e políticas de assistência estudantil para garantir a permanência;
4. Ampliação do investimento público da educação pública para no mínimo 7% do PIB;
5. Em defesa da expansão de vagas com garantia de qualidade e abertura de concursos para professores e técnico-administrativos e infra-estrutura adequada;
6. Autonomia das universidades frente as ingerências de governos e mantenedoras;
7. Em defesa de uma formação universitária baseada no tripé ensino, pesquisa e extensão e contra a mercantilização da educação e da produção do conhecimento;
8. Por uma avaliação institucional de educação superior socialmente referenciada, com participação dos estudantes, profissionais da educação e movimentos sociais, sem caráter produtivista, meritocrático e punitivo;
9. Gestão democrática, com participação paritária de estudantes, técnico-administrativos e docentes em todos os níveis de decisão das instituições e sistemas de ensino;
10. Controle público do ensino privado em todos os níveis. Pelo padrão unitário de qualidade na educação. Pela redução das mensalidades e contra punição dos inadimplentes;
11. Garantia da livre organização sindical e estudantil, em especial, nas instituições privadas. Em defesa do direito a greve;
12. Por um sistema nacional de educação que impeça a fragmentação entre os diversos níveis e garanta a obrigatoriedade no ensino médio publico;
13. Contra a privatização do ensino público e dos hospitais universitários, seja por meio das fundações privadas seja pela aprovação do projeto de criação de fundações estatais;
14. Pela garantia dos direitos conquistados pelos professores e técnico-administrativos das instituições públicas, contra o Projeto de Lei Complementar – PLP 01;
15. Pelo Passe Livre Estudantil financiado pelo lucro das empresas de transportes;
16. Em defesa de um piso salarial nacional para os trabalhadores da educação calculado pelo DIEESE para a jornada de 20 horas;
17. Pela derrubada dos vetos ao PNE 2001. Pela construção coletiva do novo PNE da sociedade brasileira que atenda as reivindicações históricas da classe trabalhadora;
18. Pela imediata implantação da lei 10.639 /2003 em todos os níveis educacionais.

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